Descrição enviada pela equipe de projeto. O Centro de Artes Faena é o prédio que conclui o complexo. Abraçado pelo Molino Sur e por um edifício em forma de “L”, com fachada nas ruas Azucena Villaflor e Aime Paine, trata-se da remodelação e ampliação do setor onde se encontrava originalmente a casa de máquinas do complexo. Trata-se basicamente de um edifício de dois pisos - térreo e primeiro andar de pé-direito triplo. - que se transforma num grande espaço em forma de “T” para múltiplos usos. Completa-se o programa com os serviços complementares, que se alojam num setor subterrâneo, no terraço e num novo edifício acrescentado na esquina.
Em linhas gerais, as características fachadas históricas voltadas para as ruas e a volumetria são preservadas e valorizadas. A cobertura de duas águas existente é substituída por uma nova com características semelhantes e toda a estrutura é reforçada. A laje intermediária é substituída para obter uma boa altura no téreo para vários usos (comércio, eventos, exposições) e acrescenta-se um subsolo abaixo, para os serviços. Propõe-se renovar e transformar com base no respeito no contexto histórico. Ao criar, nos vestígios das demolições, espaços externos e internos - públicos e semi-públicos - gera-se uma valorização da estrutura patrimonial existente e confere-se à proposta um caráter aberto que permite a comunicação com a sociedade.
A estética é integrada de uma nova forma, com a virtude da simplicidade que se expressa na predominância de linhas retas. As intervenções são adaptadas à geometria existente mas delas emerge uma visão dinâmica que materializa a necessária correspondência entre o público e o privado. Procura-se transformar o edifício num grande pólo de atração para o desenvolvimento da vida cultural e social, sintonizando-o com o caráter que se pretende conferir ao local.